Realizada anualmente pela Associação Nacional dos Radiodifusores dos Estados Unidos, (NAB - National Association of Broadcasters), a NABSHOW, aconteceu de 18 a 23 de abril, em Las Vegas.
O evento, que reúne os maiores fabricantes de equipamentos para emissoras e produtoras de Rádio e TV do mundo, é a referencia para lançamentos de equipamentos nesse segmento.
Esse ano foi de consolidação da TV digital de Alta Definição, como sistema de captação, finalização e exibição de TV.
Prova disso, foi a ampliação das linhas dos produtos HDTV existentes.
Entre as mais conhecidas, a PANASONIC investe no mercado Low Cost, com uma nova linha de câmeras com cartão P2 utilizando codec AVC, para facilitar a migração dos pequenos produtores e emissoras do SD para o HDTV com produtos da marca.
A marca também apresentou novos produtos com cartão P2 para produção de porte maior, com compressão AVC Intra, que segundo a fabricante, tem características superiores a concorrência, como uma menor perda de qualidade, quando empregada em multi-gerações. Para quem não conhece, degradação de sinal em multi-gerações, foi o que os fabricantes afirmaram que não haveria, quando lançaram os equipamentos digitais.
Também em HDTV, a JVC demonstrou inúmeras aplicações para as câmeras da linha GY HD, desde uma simples câmera de externa até equipamentos equipados para uso em estádios de futebol.
A Sony, dona do maior espaço no evento, reforçou sua linha de câmeras XDCAM HD, colocando no mercado a PDW 800, uma pequena evolução da PDW 700, que grava em disco óptico de 50Giga em 50Mbt's por segundo a 4:2:2: A câmera lançada agora, incorpora características que na PDW 700 eram opcionais.
A linha ganhou também um novo gravador, o PDW F1800, que pode fazer uma edição básica no material bruto captado em disco ou ser usado como nos antigos sistemas de corte seco, facilitando a migração de profissionais que ainda trabalham no sistema antigo.
A Sony também aposta nos modelos XDCAM EX, uma linha de baixo custo da família XDCAM HD. Com a linha EX, que grava em cartão de memória, a Sony pretende aplicar a participação em pequenas emissoras de TV e produtores. Para isso, assim como a JVC, lançou diversas configurações para a câmera EX 3, possibilitando inclusive seu uso como câmera de estúdio.
A linha HDV da Sony, de custo mais baixo ainda, continua viva
Uma das tendências que está crescendo é a TV com tecnologia 4K. Tanto no estande da Sony quanto no da JVC, foram instalados monitores de 50 polegadas, onde era possível “quase” encostar o olho na tela sem conseguir enxergar onde começa ou acaba o pixel.
A tecnologia 4K tem quase 5 vezes mais pontos de resolução que as atuais Full HD e o dobro da resolução das películas de cinema, mais podem ficar sossegados, essa tecnologia não vai obrigar ninguém a mudar de TV, ela é o cinema digital, ao menos por enquanto.
Os equipamentos de armazenagem de arquivos digitais, chamados de storages, e os sistemas de backup´s, ganham maior destaque a cada dia.
Com a tecnologia digital, a transferência de arquivo de cartões de memória, ou discos óticos para os computadores, fica cada vez rápida, e com isso, os volumes de arquivos armazenados crescem em ritmo frenético. Já existem cartões de 64 gigas. A logística de armazenamento desses arquivos, que saem dos cartões e vão para o computador, tem que ser confiável, pois em qualquer queima de hd sem redundância, pode comprometer um trabalho inteiro. Várias empresas apresentaram suas soluções, desde pequenos storages com 6 hd´s, até gigantescos com espaço para 64. A maior parte com redundância.
Mas a tendência mais forte do evento foi a TV de Alta Definição em 3 dimensões. Presente em todos os estandes das gigantes do ramo, a tecnologia 3D também tomava conta de algumas empresas menores. Essa tecnologia veio para ficar e em pouco tempo já vai abarrotar as prateleiras das locadoras com diversos títulos em Blue-ray.
De forma simplificada, as imagens em 3 dimensões são captadas com duas câmeras paralelas, com o sinal misturado em um conversor especial e editado em ilhas que suportam esse tipo de sinal, o FINAL CUT é um deles. Depois se exibe em monitores especiais. O resultado é maravilhoso.
Para conseguir ter a percepção em 3D's é necessária a utilização de óculos especiais que podem ser ativos (com circuitos eletrônicos) ou passivos (apenas lentes plásticas), de acordo com a técnica empregada na produção do filme. Sem os óculos, temos a impressão que a cena está fora de foco e com fantasmas.Assistir a um trecho do desenho Carros no estande da Panasonic ou a um filme feito pela Sony em 3D's era uma experiência e tanto.
Várias empresas brasileiras expuseram seus produtos, no que foi chamado de pavilhão brasileiro.
Mais uma vez nosso país mandou uma grande delegação, com mais de 1.000 pessoas.
Mais informações: www.nab.org
Silvio Reis Junior – Formado em Comunicação Social com especialização em Radio e TV na FAAP- SP, Pós-Graduado em Marketing Político pela USP. Produtor de Vídeo, diretor da Release Eletrônico. Trabalha com HDTV desde dezembro de 2007.
Esse Blog é da Release Eletrônico, produtora de vídeo, fundada em 1987, que atua hoje nas áreas de produções de comerciais para TV, Vídeos Corporativos, Vídeos de Treinamento, Programas de Tv, Projetos Especiais para TV e para Leis de Incentivo a Cultura e Consultoria de Marketing Político e de imagem para empresas. É um canal aberto a discussões relativas a assuntos da comunicação e suas ferramentas. Contato: release@release.com.br
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