sábado, 11 de setembro de 2010

Expansão do Porto, Pré Sal e a parceria com as cidades.

O papel do marketing no futuro de Baixada Santista.


Estamos vivendo um período de desenvolvimento único em nossa região, nem mesmo a época áurea do café, onde Santos ditava os preços do mercado mundial da comodite, trouxe tantas oportunidades de empregos e novos negócios, como o que está sendo esperado pela expansão do porto e dos negócios relacionados ao Petróleo e Gás.

Projeções da demanda, indicam que o Porto de Santos precisa dobrar sua capacidade de movimentação de cargas até 2015, sem contar com as necessidades relacionadas ao pré sal.

Esse desafio só vai ser atingido se houver um trabalho conjunto das autoridades, dos órgãos reguladores e das empresas privadas.

Só essa introdução, já passa uma idéia de como a região vai crescer. Mesmo quem não tem ligações com o porto ou com o pré-sal, já esta percebendo os inúmeros lançamentos imobiliários, as novas marcas que chegam a região, a abertura de novas empresas locais, além da ampliação das existentes. O futuro que se avizinha é próspero e vai trazer excelentes oportunidades, mas nem tudo são flores.

Hoje o modal rodoviário que dá acesso ao porto de Santos está perto da saturação, o Sistema Anchieta – Imigrantes está com trânsito intenso de caminhões e automóveis diariamente, se duplicar o movimento do porto, significar também duplicar o trânsito no modal rodoviário, ou precisaremos de obras urgentes, ou as estradas vão travar.

A necessidade de áreas para expansão do porto e pré-sal, dentro da saturada área insular de Santos, já trouxe uma demanda maior que a oferta, o que justifica o significativo aumento de custo dos terrenos e das moradias.

A mão de obra, que precisa de qualificações específicas para cada setor, é um assunto prioritário para a execução desses projetos, no entanto, cursos de “Petróleo e Gás” se proliferam em velocidade absurda, sem que os alunos saibam quais as especialidades serão necessárias para compor os quadros das empresas que estão participando desse promissor negócio.

Se por um lado, os cursos de “Petróleo e Gás”, podem não levar os seus freqüentadores há lugar algum, a expansão do porto fica relegada a um segundo plano, nessa busca da qualificação e pode ter dificuldades de conseguir mão de obra qualificada, pois a “moda” hoje é o pré- sal.

O sucesso desses dois marcos do desenvolvimento passa diretamente por uma parceria que já se falou muito quando do início da onda desenvolvimentista do nosso Porto, a tal da “Parceria Porto Cidade”, que até agora não se concretizou.

Mas entendo que poderíamos tentar novamente reacender essa parceria, agora mais ampla, na forma da “Parceria Porto - Pré-sal - Cidade”, só que dessa vez sem cometer os mesmos erros.

ENVOLVER A COMUNIDADE

A “Parceria Porto Cidade” até que foi buscada, mas acabou se resumindo a um bom entendimento entre os dirigentes da Autoridade Portuária e da Municipalidade, só não teve o principal, o envolvimento dos cidadãos, o lado mais forte dessa parceria.

Mas para entender melhor isso, vamos conhecer uma das estratégias que as grandes empresas têm adotado, para se adequar aos novos modelos de gestão empresarial socialmente responsável.

“Cada vez mais se percebe empresas privadas procurando atuar como agentes de desenvolvimento. Além de vender bens e serviços, preocupam-se em mostrar responsabilidade pelo contexto social e ambiental em que realizam suas atividades, mantendo um bom relacionamento com os seus stakeholders. (GOLDSTEIN, 2007, p. 7).”

No universo dos stakeholders de uma empresa, que são aquelas pessoas ou entidades que afetam ou são afetadas pelas suas atividades, a comunidade que vive em seu entorno, tem importância fundamental.

Se encaixarmos esse conceito, no momento atual do desenvolvimento de nossa região, vamos perceber que a grande maioria dos moradores dos municípios afetados pela ampliação do Porto de Santos e dos negócios relacionados ao Petróleo e Gás sabe muito pouco sobre o que está acontecendo.

Ninguém faz parceria com quem não conhece.

E não conhecendo os benefícios que toda essa onda de desenvolvimento vai trazer para todos, como a população pode se interessar por colaborar?

Quando há “vácuo” de informação precisa, acaba predominando a informação que estiver circulando no “boca a boca”, que nem sempre é correta e benéfica para todos, mas pode refletir ideologias de pequenos grupos, que se aproveitam para pressionar em benefício próprio. É bom lembrar que todos os grandes projetos que vão ser implantados na região, ou já passaram ou vão ter que passar por audiências públicas e o apoio da população é fundamental.

Para os novos projetos, faz parte das exigências do IBAMA, a montagem de um plano de comunicação social, onde a empresa deve comunicar a comunidade os impactos que seu empreendimento vai causar na região. Esse é um ótimo momento para transformar uma obrigação em oportunidade de agregar valor à marca. Mas para isso devemos ir além da distribuição de folhetos e montagem de um site, devemos montar um planejamento de comunicação consistente.

Além disso, qualquer atitude mal explicada de uma empresa, pode gerar reclamações da comunidade ao ministério público, que pode requisitar suspensões até que o caso seja esclarecido. Ou seja, às vezes por um mal entendido um investimento de centenas de milhões de reais, pode gerar um enorme prejuízo por não estar em constante “entendimento” com a comunidade em seu entorno. No caso de uma região metropolitana como a Baixada Santista, o entorno de um empreendimento de impacto é toda a região.

Essas situações de suspensão de execução de projetos, normalmente geram “crises” nas empresas e o gerenciamento de crises, quando se tem um background de informações positivas da empresa, junto ao seu público, fica muito mais fácil e barato, de gerenciar a crise.

Já prestei consultoria em empresas com crises localizadas, sem background de imagem de apoio a comunidade, apesar dos muitos trabalhos sociais desenvolvidos na sua região de atuação (todos sem divulgação), mas com boa imagem dos seus produtos. A dose do remédio teve que ser forte (investimento alto em um curto espaço de tempo), por sorte conseguimos reverter e até ganhar um prêmio, mas podia ter sido menos desgastante.

AQUI ENTRA O MARKETING E SUAS FERRAMENTAS DE COMUNICAÇÃO.

Nesse cenário de necessidade de envolvimento com a Comunidade, o marketing tem papel fundamental.

É um momento de construção de imagem tanto dos negócios Porto e Petróleo e Gás, quanto das empresas que realizam esses serviços.

Para isso os benefícios que virão, a responsabilidade com o meio ambiente, as medidas de sustentabilidade adotadas, os empregos a serem gerados e o aumento de receita com impostos tem que ser muito bem esclarecido a população, para que a comunidade seja favorável às mudanças que estamos passando, pois terão certeza que se alguns problemas vão ocorrer agora, o futuro vai compensar.

Cabe as empresas que estão se expandindo ou se instalando na região, entender o papel importante que a população tem no sucesso de seus negócios e montar, junto com uma assessoria externa experiente, um plano de investimento em comunicação, não para vender o produto, mas para agregar valor e simpatia da comunidade da região a sua marca.

Alguns exemplos positivos já existem, e temos o prazer de ter trabalhado em todos, como o desenvolvido pela Libra Terminais Santos, que desde 2002 vem mostrando para a comunidade sua diretriz. Tudo começou com o projeto “Santos Seu Passado sua História”, que durante 30 meses mostrou pontos históricos e ruas da cidade de Santos, depois mostrou o trabalho apaixonante de alguns santistas de coração, como o pescador Mauri da Ilha Diana, o Poeta Narciso de Andrade, da Dr. Keiko e sua luta pela amamentação entre outros. Depois vieram as profissões do porto, contadas pelos seus próprios funcionários. Hoje a Libra se mantém no ar com o patrocínio de alguns programas locais. A empresa venceu todas as 5 edições do prêmio Top of Mind do Jornal A Tribuna, que tiveram a categoria Terminal Portuário.

Outro case importante é do Grupo Rodrimar, que está no ar há quase 7 anos, com o projeto Patrimônio Ecologia, que mensalmente apresenta um tema diferente nos intervalos comerciais de uma emissora local. São sempre temas ligados à preservação e ao cuidado com o meio ambiente. A empresa também patrocina alguns eventos esportivos e culturais.

Já uma empresa que está enxergando o futuro é a Brasil Terminal Portuário, que ainda durante a implantação de seu terminal, já executa um plano de comunicação direta com a comunidade, mostrando através da TV, jornal e rádio, como está construindo o novo terminal, quais os cuidados com o meio ambiente que estão sendo tomados e quais as vantagens que a comunidade vai ter com a operação do seu empreendimento. É um case que começou no momento certo, e que deve ser seguido por outros empreendimentos do setor. Pois trás a comunidade para o seu lado logo no início das obras.

Existem algumas ações mais pulverizadas desenvolvidas por outras empresas portuárias, mas as citadas aqui são as mais representativas, já pelo lado do Petróleo e Gás, não se percebeu nada feito especificamente para “falar” com a população da Baixada Santista, mesmo da Petrobras, que é uma das maiores investidoras em comunicação do nosso país.

Agora o importante é as empresas de propaganda e marketing regional se prepararem para esse trabalho, assim como é importante as grandes empresas da região entender que comunicação com a comunidade do seu entorno não é gasto, é responsabilidade social e que as ferramentas de comunicação não servem apenas para serem utilizadas em momentos de crise. Na crise o remédio é mais caro.

Pelo lado do mercado publicitário, cabe entender que as grandes empresas do Porto e do Petróleo e Gás devem ser encaradas como parceiras para todo o futuro e não apenas como fonte de boa receita instantânea. O negócio tem que ser bom e duradouro para todos.

Muitos desafios se vislumbram a nossa frente, mas o futuro que nos espera é compensador.

Esse texto foi base de uma entrevista na TV Brasil, afiliada do SBT na Baixada Santista, quem quiser assistir seguem as duas partes do programa:

Parte 1


Parte 2



Silvio Reis Junior
Formado em Comunicação Social com especialização em RTV pela FAAP – SP
Pós Graduado em Marketing Político e Eleitoral pela USP – SP

GOLDSTEIN, Ilana. Responsabilidade social: das grandes corporações ao terceiro setor. São Paulo: Ática, 2007.

domingo, 29 de agosto de 2010

O Marketing na Política

“O MARKETING NÃO GANHA A ELEIÇÃO, MAS SEM ELE VOCÊ PERDE”


Vivemos em uma época onde o domínio da informação, a segmentação e o planejamento, são pontos fundamentais para se destacar em qualquer área, principalmente na carreira política.

O homem público moderno se antecipa aos acontecimentos, vai buscar as informações diretamente no seu público. Monitora os anseios de seus eleitores e planeja ações para atendê-los.

Apesar de muitos entenderem de forma diversa, o Marketing aplicado a política não é propaganda, é uma ferramenta científica que ajuda a planejar seus objetivos políticos, na direção das expectativas de seu eleitor.

O Marketing não é apenas um trabalho a ser executado antes das eleições, e sim um instrumento para ser utilizado por toda sua carreira política.

São 3 as possibilidades de utilização prática do Marketing aplicado a política:

1- MARKETING POLÍTICO.
2- MARKETING ELEITORAL.
3- MARKETING GOVERNAMENTAL.


“A política talvez seja a única profissão em que se julga não ser necessária uma preparação profissional.”

Stevenson – Poeta Sueco - 1848


1- MARKETING POLÍTICO

Esse é o trabalho feito fora da época de eleições e do exercício de mandatos.

Nessa fase, o “Candidato” a político deve planejar sua carreira, escolhendo a forma que quer ser visto pela população, o tipo de roupa, aparência física, as ações a serem tomadas, o perfil de sua atuação, sempre com foco no seu eleitorado potencial e nos seus objetivos finais.

Esse trabalho deve ser coordenador por um Consultor de Estratégia Política, pois as adaptações no perfil das pessoas, tem limitações e esses limites devem ser estudados em profundidade.

A execução do planejamento feito nesta fase, vai “construir” a imagem que o político vai levar por boa parte de sua carreira


2 - MARKETING ELEITORAL

Comumente confundido com o Marketing Político, o Marketing Eleitoral é a “ciência” utilizada no planejamento, criação e execução das ações de comunicação durante o período das Campanhas eleitorais, tanto majoritária quanto proporcional.

Os candidatos que desenvolve um contínuo e bem elaborado planejamento de marketing, durante sua carreira política, tem vantagens sobre os demais candidatos no momento das eleições. Esse candidato vai precisar destinar menos energia para alcançar melhores resultados, que os candidatos que resolvem divulgar sua imagem apenas durante as eleições, o que, normalmente, significa também um menor investimento financeiro.


“Só há uma via de se chegar ao poder: Estudar a natureza humana e agir de acordo.”

Willian Riordan.



3 - MARKETING GOVERNAMENTAL:

Durante a execução de cada mandato conquistado através de uma eleição, o candidato eleito deve ter uma especial atenção a divulgação dos seus feitos, pois como diz o ditado, “QUEM NÃO É VISTO NÃO É LEMBRADO”. Para esse trabalho utilizamos técnicas do Marketing Governamental, pois não basta ser um bom governante, é preciso também comunicar o que se está sendo feito.

Ao assumir o mandato, o político deve realizar um planejamento estratégico de comunicação e ação governamental.

Textos Interessantes:

O Príncipe Eletrônico – Otávio Iani
http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:R85EloiCUk8J:bibliotecavirtual.clacso.org.ar/ar/libros/anpocs/ianni.rtf+principe+eletronico&cd=1&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br

Bons Ventos na Reforma Eleitoral – Dr. Alberto Rollo
http://www.boletimjuridico.com.br/doutrina/texto.asp?id=586

Silvio Reis Junior
Consultor Político Estratégico
Formado em Comunicação Social com especialização em RTV, na FAAP-SP
Pós Graduado em Marketing Político e Eleitoral pela USP.

2010 – O ano do grande crescimento! Ou não?

A Baixada Santista vive um período único em sua história, onde o potencial de crescimento econômico é acima de qualquer projeção feita há mais de três anos.

O porto recebe investimentos federais para ampliação do calado do canal de navegação e para a construção das avenidas perimetrais, isso criou um cenário positivo para as empresas privadas investirem no porto, nos próximos três anos está prevista a construção de dois novos terminais, além da ampliação de alguns já existentes.

As descobertas de petróleo e gás nas camadas do pré-sal, que já se tinha notícia desde o ano 2.000, mas que só agora se torna concreta, com os primeiros testes de extrações, está gerando demanda por milhares de serviços e profissionais capacitados e essa demanda vai rolar por vários anos. O que vai permitir a chegada novas empresas, novos investimentos e novos moradores para a região, isso justifica o incrível crescimento do mercado imobiliário, que já está ocorrendo com o surgimento de enormes edifícios em praticamente todos os cantos de todas as cidades da região.

Aliado a isso tudo, Santos está implantando um Parque Tecnológico, com apoio do Governo Estadual, Prefeitura, Associação Comercial, SEBRAE e as Universidades da cidade. Esse parque vai capacitar as empresas para incentivar o desenvolvimento de softwares e tecnologias de informação, focando inicialmente no Porto e no Petróleo e Gás, mas com possibilidades de abranger outros setores.

O SEBRAE está trazendo vários cursos de capacitação de micros e pequenas, que está propiciando o desenvolvimento de novos negócios, assim como a Incubadora de Negócios, já tem vários casos de empresas novas que estão começando a gerar recursos próprios.

Todos os casos apresentados aqui são negócios que já estão em gestação há algum tempo e que em 2010 tem de tudo para deslanchar.

E o que isso tem em relação com o mercado publicitário da região?

Tudo!

Além de crescimento direto na base de clientes potenciais, que são as novas empresas que chegam, as que vão surgir, criadas por moradores da região, e as que já existem e que vão crescer e precisar se comunicar, além das atuais empresas parceiras do mercado, que também vão crescer indiretamente através dessas novas oportunidades, como por exemplo, os profissionais que vierem para a região vão precisar comprar ou alugar apartamentos, os novos apartamentos precisarão de móveis, essas novas pessoas vão consumir mais carros, além dos que já são consumidos hoje. Serão mais pessoas que vão sair para almoçar ou jantar e isso vai gerar uma demanda maior por opções de restaurantes e assim vai crescendo toda a cadeia econômica da região.

LOGO TODOS OS PUBLICITÁRIOS DA REGIÃO VÃO GANHAR MUITO DINHEIRO, FICAR RICOS, COMPRAR CARROS, IATES, APARTAMENTOS, VIAJAR PELO MUNDO, CERTO?

ERRADO!

O crescimento econômico e as novas oportunidades de negócios estão chegando de uma forma tão rápida e com tanta força na região, que se não houver um preparo para esse crescimento, as empresas locais vão ser atropelados pela locomotiva do desenvolvimento e vão ver os vagões passando por cima, trazendo de fora empresas mais preparadas, para aproveitar o dinheiro novo do mercado.

Entendo que o mercado publicitário não é regional é mundial, tenho notícias de profissionais de Santos que desenvolvem ou desenvolveram trabalhos para outros países, como Japão e Angola, por exemplo, mas entendo também que é muito mais fácil tomar conta de casa do que do mundo e se quis o destino que o “bonde do desenvolvimento” passasse na porta da Baixada Santista, acho justo que todos envolvidos no mercado regional possa pular dentro desse bonde.

Eu entendo que individualmente algumas empresas já estejam se preparando para isso, mas entendo que individualmente não é suficiente.

Além do controle administrativo das empresas que apesar de parecer simples, é um item complexo e importante, principalmente quando o mercado se torna mais competitivo e isso deve ser resolvido individualmente, onde o SEBRAE pode ser um parceiro perfeito, existem assuntos estratégicos de mercado, que entendo devam ser debatidos por todos os interessados.

Primeiramente é importante criar uma consciência de que as empresa e os profissionais da região são capazes o suficiente para realizar os trabalhos que venha a ser necessários.

Se for percebida alguma deficiência num parceiro é importante auxiliar na resolução dessa deficiência e não buscar resolver os problemas fora da região, porque é importante fortalecer o mercado como um todo.

Se o mercado não acreditar no mercado, quem vai acreditar?

É como se todas as empresas de comunicação da região estivessem numa piscina de lona, se alguém permitir que seja feito um furo, o mercado vai vazar.

Entendo que todos deveriam unir forças no mercado para trazer empresas do porto para investir sério no mercado publicitário, independente de quem vá num primeiro momento ganhar dinheiro com isso, o importante é trazer o cliente para o “ringue”, depois “disputar” o cliente. Se a “briga” pelo cliente de forma separada e fora do “ringue”, essa luta não vai acabar bem.

O Parque Tecnológico surgiu da criação de um APL (Arranjo Produtivo Local), liderado pela Associação Comercial e pelo SEBRAE e com a participação de mais de 40 empresas do setor. Foram mais de 12 meses de reuniões e criação e execução de planos de ação, resolvidos pelos empresários do mercado. Com a fortificação dessa união, a Prefeitura entrou no barco e iniciou aos tramites para criar o Parque Tecnológico, que em mais um ano deve estar em pleno funcionamento. O grupo conseguiu apoio da IBM e está conseguindo incentivos fiscais para o negócio. Com isso as empresas, que já tinham capacidade técnica, agora também tem estrutura para enfrentar a concorrência de fora. O primeiro problema identificado pelos empresários foi a fuga de capital humano para a São Paulo, pelo fato dos salários serem maiores. Alguém já viu isso no mercado publicitário de Santos?

Para finalizar os exemplos, enquanto uns “brigam” com outros, por clientes pequenos, com baixa rentabilidade, a Prefeitura de Santos tem um contrato anual de mais de R$ 4.500.000,00 com uma empresa de São Paulo. Se lá na época da eleição o mercado tivesse se unido e fosse conversar e “pressionar” os candidatos, quem sabe essa verba, ou parte dela, não seria da região?

A maior parte das exigências legais que impediram agências daqui de participar são, por lei, facultativas de estar no edital. Com a união, que faz a força, poderia ter sido reduzida ou eliminada essas barreiras.

Se ninguém concorda, tenham certeza que a locomotiva vai passar e os vagões vem logo atrás.

Silvio Reis Junior
Diretor da Release Eletrônico
Formado em Comunicação Social, com especialização em Rádio e TV pela FAAP.
Pós-graduado em Marketing Político e Eleitoral pela Universidade de São Paulo